Portal MCTI, em 24/08/2012
Representantes do Ministério Federal de Educação e Pesquisa, de instituições científicas e de empresas do setor de biotecnologia da Alemanha visitaram o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas-SP, nestas quinta e sexta-feiras (23 e 24). O objetivo da visita foi identificar possibilidades de parcerias tecnológicas no campo da bioeconomia, sobretudo em áreas relacionadas ao uso da biomassa.
Na visita também foram definidos os critérios básicos que deverão embasar a criação de um “bioinnovation hub” (“centro de bioinovação”) envolvendo os dois países, para a promoção de cooperações bilaterais e geração de novos produtos e processos em áreas ligadas à economia verde.
Em outubro está programada a visita ao Brasil da ministra alemã da Educação e Pesquisa, Annette Schavan. No final de novembro será realizado um workshop, provavelmente na cidade de São Paulo, que reunirá cerca de 60 representantes dos principais institutos de pesquisas e empresas dos dois países, para debater possibilidades concretas de parcerias nos temas de interesse. Do lado brasileiro, a coordenação do evento caberá ao diretor do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano, ligado ao CNPEM), Fernando Galembeck, um representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e um da indústria. Do lado alemão, o encontro será organizado por representantes do Cluster Industrial de Biotecnologia Clib 2021) e da empresa Evonik.
A iniciativa alemã integra o projeto Estratégia Nacional de Pesquisa em Bioeconomia 2030, lançado em 2010, por meio do qual o país pretende aprimorar o uso de recursos biológicos e potencializar a mudança de uma economia baseada no petróleo por outra sustentada pela biomassa. Dentre as metas deste projeto, com seis anos de duração, está a ampliação de pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos conjuntos com grandes líderes globais do setor.
“O Brasil é o primeiro país a ser procurado pelos alemães com o propósito de estabelecer uma cooperação massiva no campo da bioeconomia”, afirma o diretor-geral do CNPEM, Carlos Aragão. “Isso se deve à nossa experiência em tecnologias consolidadas, na produção e conversão de biomassa em combustíveis e outros produtos para diversas indústrias, além da disponibilidade de terras para expandir consideravelmente este mercado.”
Texto: Ascom do CNPEM
Repercussão: Jornal da Ciência,