Coordenado pelo pesquisador Edson Roberto Leite, o projeto, aprovado pelo Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, reúne pesquisadores da USP, UNESP, UFABC, UFSCar, Embrapa, e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN)
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Organização Social financiada pelo Ministério de Ciência, tecnologia e Inovação – MCTI, foi recentemente selecionado para sediar o Centro de Pesquisa em Engenharia Molecular para Materiais Avançados (CeMol), um dos quatro novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP no âmbito da chamada voltada às Ciências Exatas e da Terra e Engenharias. O programa CEPID, promovido pela FAPESP, tem como objetivo estruturar centros de excelência científica, com forte atuação em pesquisa de ponta, formação de recursos humanos e transferência de conhecimento para a sociedade.
A conquista do CeMol possibilitará ao CNPEM, ampliar sua atuação em pesquisa, desenvolvimento e inovação para potencializar o enfrentamento de desafios globais em áreas estratégicas como energias alternativas, materiais quânticos, materiais sustentáveis e avanços na saúde. O centro parte da abordagem da engenharia molecular, articulando avanços em nanotecnologia, biotecnologia, ciência de dados e inteligência artificial para o desenvolvimento de novos materiais e sistemas. O projeto é conduzido em parceria com seis instituições: Universidade de São Paulo – USP, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, Universidade Federal do ABC – UFABC, Universidade federal de São Carlos – UFSCar, Embrapa e Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares – IPEN.
O CeMol atuará de forma integrada em três eixos complementares: pesquisa científica de excelência, inovação tecnológica e difusão do conhecimento. O centro terá papel estratégico na formação de novos cientistas, com a concessão de mais de 40 bolsas de pesquisa e capacitação para estudantes e pesquisadores em diferentes estágios da carreira. Estão previstos programas de treinamento em nanotecnologia, biotecnologia, ciência de dados e inteligência artificial, promovendo competências críticas para o avanço científico e tecnológico das pesquisas em engenharia molecular.O fomento à inovação também é um eixo estratégico, com a articulação de parcerias com empresas e outras instituições de pesquisa voltadas à transferência de tecnologias e desenvolvimento de soluções científicas com impacto direto na sociedade. Paralelamente, o CeMol investirá em ações de disseminação científica e engajamento público, promovendo a educação científica, o diálogo com escolas e o estímulo ao interesse por ciência e tecnologia em diversos públicos. Essas ações buscam não apenas comunicar os avanços do centro, mas também fortalecer uma cultura científica mais ampla, inclusiva e participativa na sociedade brasileira.
O investimento previsto também contemplará o fortalecimento da infraestrutura de pesquisa do CNPEM, com a implantação de novos equipamentos multiusuários (EMUs) de última geração, abertos à comunidade científica, reforçando o papel do CNPEM como um hub de excelência para a comunidade científica brasileira e latino-americana.
Com o apoio da FAPESP, o CNPEM avança na consolidação do Brasil como protagonista no desenvolvimento de soluções sustentáveis e de alta tecnologia, promovendo o avanço científico e a criação de novos produtos e processos com potencial para transformar a indústria nacional e melhorar a qualidade de vida.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) abriga um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País. O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. As atividades de pesquisa e desenvolvimento do CNPEM são realizadas por seus Laboratórios Nacionais de: Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), além de sua unidade de Tecnologia (DAT) e da Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).