14/07/2009 – Jornal Todo Dia
A vocação tecnológica de Campinas, aliada à alta concentração de universidades e institutos de pesquisas, fazem de Campinas um celeiro de cérebros e mão de obra de qualidade. Atraídas por todo esse potencial e mercado, a cidade atrai empresas da era da informação, da informática, produção de equipamentos, de automóveis, autopeças, metalúrgicas, logística, de química, laboratórios farmacêuticos mais a cadeia de serviços e comércio em geral.
O Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros) é um bom termômetro para medir esse comportamento. A entidade criada por executivos de finanças tem em se quadro profissionais liberais, de recursos humanos, suprimentos, de comércio, serviços, enfim um perfil variado que acompanha o crescimento econômico da cidade e de todo o País.
“Campinas é uma cidade de pujança, com empresas de ponta, grandes companhias de vários setores, uma maturidade na oferta de serviços e comércio”, diz Saulo Duarte, presidente do Ibef Campinas.
A facilidade de logística também seduz empresas de São Paulo para o município.
A cidade também tem a fama de oferecer bons empregos e, melhor, com boa remuneração. O salário médio pago em Campinas é de R$ 1.029 em 2008. Em 2007, chegava a R$ 970 – e já era um dos maiores da região, sem considerar Paulínia.
Para Saulo Duarte, a cidade vai continuar atraindo as pessoas, estudantes, empresários e mais negócios, principalmente por causa da característica de ser uma cidade progressista, de oportunidades e, o melhor, ainda oferece qualidade de vida.
Para ele também os empreendimentos futuros – a ampliação de Viracopos e o trem-bala – vão modernizar ainda a cidade e a região metropolitana como um todo.
E quem nunca ouviu chamar o polo de alta tecnologia de Campinas de Vale do Silício à brasileira? Nascidos na cidade, ou vieram para cá estudar e morar e até mesmo a passeio, sabe e se orgulha dessa comparação com a região da Califórnia nos Estados Unidos, berço das indústrias de microeletrônica.
A cidade detém esse título por causa das importantes empresas de alta tecnologia, dezenas de centros universitários e de pesquisas. Nomes reconhecidos no País e no exterior sobram em Campinas: o CPqD, criado na década de 70, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), até os primórdios de companhias veteranas como IBM, Promon, sem esquecer dos tradicionais IAC (Instituto Agronômico de Campinas), Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos), CTI (Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer) até as atuais como a Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron, uma organização social que opera o LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), o Centro de Biologia Molecular Estrutural e o Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol para o Ministério da Ciência e Tecnologia.
A Unicamp está no ranking das 200 melhores instituições de ensino superior do mundo, conforme o The Times Higher Education Supplement, que ouviu mais de 5 mil especialistas, sobretudo acadêmicos, mas também empregadores e estudantes internacionais.
Para a Unicamp, a avaliação significou um salto significativo em relação à realizada quatro anos antes (do 448º para o 177º lugar), situando-a ao lado da Universidade de Dublin e à frente de universidades igualmente prestigiosas como de Leicester, Antuérpia, Canterbury, Oslo, Barcelona e Kobe.