Por G1 Campinas em 8/03/2021
Isabela Bento Beneti, de 18 anos, é primeira colocada entre 40 classificados para 1º curso de graduação do CNPEM. Ela foi duas vezes medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Ciências.

Isabela Bento Beneti foi duas vezes medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Ciências — Foto: Adriana Villar/CNPEM
O sorriso por trás da máscara, em meio aos equipamentos eletrônicos interligados, celebra uma conexão que percorre conhecimento, celebração e sonho. A estudante Isabela Bento Beneti, de 18 anos, foi a primeira colocada geral entre os 40 classificados para a primeira turma do curso de graduação em ciência, tecnologia e inovação da Ilum, iniciativa do Centro Nacional de Pesquisa em Energias e Materiais (CNPEM), onde foi desenvolvido o Sirius, superlaboratório de luz síncrotron.
Ao g1, ela relatou inspiração do pai e foco em trabalhar como pesquisadora.
“Sempre gostei da questão da interdisciplinaridade, tanto que prestei engenharia química na Unicamp e [engenharia] agronômica na USP. São cursos bem diferentes, mas nos dois eu visava justamente a interdisciplinaridade e área de pesquisa. Então quando eu soube da proposta da Ilum, que ficava justamente nesses dois setores, na interdisciplinaridade e na pesquisa, eu vi que ele era perfeito pra mim, por isso ficou como a primeira opção”, contou a jovem sobre a escolha profissional.
Segundo a assessoria da escola Ilum, a lista dos classificados reúne 22 mulheres, das quais nove estão entre as dez primeiras colocações. Isabela é de Presidente Prudente (SP) e contou que tem interesse pela área científica desde a infância, quando observava o pai ir trabalhar na Unicamp com tubos de ensaio. A jovem foi duas medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Ciências.
A estudante também contou à reportagem sobre o interesse por livros de autores como os físicos Carl Sagan e Marcelo Gleiser. Sobre a primeira aula na graduação, na segunda, disse ter ficado impressionada não apenas com a estrutura e recursos tecnológicos, mas também com o incentivo e receptividade dos professores. Além disso, destacou a oportunidade de atuar dentro dos laboratórios.
“A Ilum promete uma graduação muito ampla em várias áreas e muito completa. Então, olhando os laboratórios, eu fico até assustada que eu vou aprender a utilizar todos os equipamentos aqui dos laboratórios. A Isabela daqui três anos vai ser outra pessoa, uma profissional praticamente pronta para entrar no mercado de trabalho e trabalhar como pesquisadora”, contou entusiasmada.

Prédio da Ilum Escola de Ciências, iniciativa do CNPEM, em Campinas (SP) — Foto: Reprodução / Ilum