O que dizem sobre o Projeto Orion

Harry Westfahl Jr.

Diretor do LNLS/CNPEM

O desenvolvimento de instrumentos e protocolos de coleta de imagens que, ao mesmo tempo, sigam todas as normas de segurança necessárias em laboratórios de máxima contenção biológica, e que permitam fazer experimentos inéditos na área, é um dos maiores desafios técnicos do projeto. Iremos garantir que o fluxo de pesquisa com luz síncrotron dentro deste ambiente NB4 seja dinâmico e ajude a fornecer as respostas para as perguntas científicas dos profissionais que irão utilizar a infraestrutura de pesquisa. Durante esse desenvolvimento, combinaremos as linhas de luz dentro do prédio do NB4 com linhas de luz dentro do Hall experimental do Sirius e livres do risco de infecção para que sirvam de simulação com cópias fiéis das linhas que estarão em um ambiente de difícil acesso. Este tipo de estratégia para um modelo de treino e simulação é semelhante ao adotado pela NASA em missões como a Apolo 11 ou a Mars Hover.

Mais depoimentos

Harry Westfahl Jr.
Diretor do LNLS/CNPEM

O desenvolvimento de instrumentos e protocolos de coleta de imagens que, ao mesmo tempo, sigam todas as normas de segurança necessárias em laboratórios de máxima contenção biológica, e que permitam fazer experimentos inéditos na área, é um dos maiores desafios técnicos do projeto. Iremos garantir que o fluxo de pesquisa com luz síncrotron dentro deste ambiente NB4 seja dinâmico e ajude a fornecer as respostas para as perguntas científicas dos profissionais que irão utilizar a infraestrutura de pesquisa. Durante esse desenvolvimento, combinaremos as linhas de luz dentro do prédio do NB4 com linhas de luz dentro do Hall experimental do Sirius e livres do risco de infecção para que sirvam de simulação com cópias fiéis das linhas que estarão em um ambiente de difícil acesso. Este tipo de estratégia para um modelo de treino e simulação é semelhante ao adotado pela NASA em missões como a Apolo 11 ou a Mars Hover.

James Citadini
Diretor de Tecnologia do CNPEM

Projetar, coordenar e construir uma instalação de extrema importância no país e única no mundo, traz grandes responsabilidades e oportunidades. O conhecimento e cumprimento de normas nacionais e internacionais vigentes e de protocolos de descontaminação irão assegurar o alto grau de confiabilidade do Orion. A experiência e competências adquiridas na implantação predial do Sirius, tanto em gestão, quanto no desenvolvimento das soluções técnicas para os aceleradores, seus subsistemas e linhas de luz trazem confiança para a implantação de um NB4. A nacionalização de soluções e o conhecimento em projetar os subsistemas também trazem benefícios ao projeto, reduzindo custos de implantação, diminuindo as incertezas, fomentando a inovação e possibilitando uma operação mais transparente, planejada e segura. O Sirius inaugurou a construção de grandes instalações científicas, competitivas mundialmente, no país e o complexo do NB4 se viabilizará nos mesmos moldes.

Maria Augusta Arruda
Diretora do LNBio/CNPEM

Uma infraestrutura NB4 nos permite investigar a biologia de patógenos pouco estudados e de sua interação com hospedeiros, além do descobrimento de muitos outros até então não identificados. Esse entendimento contribui para o desenvolvimento de estratégias de controle e tratamento de infecções que podem não só colocar em risco a saúde humana diretamente, mas também o equilíbrio de todo o nosso ecossistema. Além de patógenos já conhecidos estarem em constante mutação que podem, ao acaso, levar a variantes de maior risco a saúde, o crescimento populacional e desmatamento nos levam a áreas que podem ser reservatórios naturais e precisamos estar preparados para eventos similares. Está em nossa memória recente o esforço para se encontrar uma maneira de controlar a pandemia de Covid – o que não se observou na mesma intensidade quando outras infecções de altíssimo risco ficaram confinadas às regiões mais pobres do Sul Global, como o Ebola. O Orion é, além de tudo, um instrumento de soberania, por nos possibilitando determinar nossas prioridades estratégicas nessa área.

Antônio José Roque
Diretor-geral do CNPEM

O Orion será desenvolvido no CNPEM mas o papel que tem a cumprir é para todo o Brasil. É essencial discutir continuamente projetos de Estado de importância nacional como esse. Nós do CNPEM estamos e sempre estaremos abertos para a comunidade científica e instituições de ensino mas, principalmente e em última instância, para a sociedade com um todo. Nós entendemos como essencial a prestação de contas para a sociedade e, assim como fazemos com o Sirius e outros componentes do Centro, continuaremos com esse princípio para o Orion. Queremos, assim, ajudar a criar um círculo de apoio e diálogo mútuo entre áreas diversas e entre órgãos públicos e privados.