A gente procura reduzir, ou seja, transformar óxido de ferro em ferro metálico, objetivando, no final, ter algumas propriedades dessa nanopartícula que sejam adequadas para determinadas aplicações biomédicas, por exemplo. Existem vários tipos de aplicações possíveis. Uma delas é a hipertermia magnética aplicada em pacientes acometido por câncer ou alguma doença grave. Você pega uma nanopartícula com essas propriedades, direciona ela à região afetada pela doença e, aplicando campo magnético, aquece essa região, levando as células tumorais à morte. Outra aplicação biomédica é a separação magnética. Eu posso pegar uma nanopartícula que responde ao campo magnético, e funcionalizar a superfície dela de forma que se ligue a essa proteína expressa na superfície celular, e depois, com um imã, por exemplo, eu separo essas células. “Nosso enfoque é mais físico, do entendimento das propriedades, sobretudo no magnetismo. A gente procura entender e interpretar as propriedades magnéticas desses materiais para adequá-los a determinadas aplicações“, explica o orientador Flávio.
Orientador: Flávio Garcia | Instalação utilizada: LNLS/Linha de espectroscopia dispersiva de absorção de raios X (DXAS)