Refrescante Notícias, em 11/12/2012
A atuação de docentes do ensino superior não se resume ao trabalho na sala de aula. Atividades das mais diversas, envolvendo ações de ensino, pesquisa e extensão contribuem, ao mesmo tempo, para a formação de mão de obra qualificada e para o aprimoramento de processos que podem estar além dos muros de uma instituição como a Universidade de São Paulo (USP). No caso da Escola Superior de Agricultura “Luiz Queiroz” (USP/ESALQ), unidade da USP em Piracicaba, três exemplos recentes ilustram de forma significativa a possibilidade de seus professores desempenharem tarefas fora do ambiente universitário, sem romper, no entanto, o elo com a esfera acadêmica.
Em novembro de 2011, Marcio de Castro Silva Filho, docente do Departamento de Genética (LGN), assumiu a Diretoria de Relações Internacionais da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Atuei à frente de todos os Programas que visam à internacionalização do ensino superior brasileiro, notadamente contribuí nas fases iniciais do Programa Ciência sem Fronteiras”, conta o docente que, na ESALQ, coordena o Laboratório de Biologia Molecular de Plantas (LBMP). Desde julho de 2012, no entanto, Castro Filho está à frente da Diretoria de Programas e Bolsas no País, a maior Diretoria da Capes. “As ações principais são o fomento à Pós-graduação brasileira. São mais de 80 mil bolsas em diferentes modalidades oferecidas à comunidade. Além disso, esta diretoria é responsável pelo Portal de Periódicos da Capes, pelo Programa Pró-Equipamentos, pelo Programa de Apoio a Eventos noPaís (PAEP) e pela coordenação de mais de 40 projetos induzidos com diferentes Ministérios, Fundações de Amparo à Pesquisa e Institutos de Pesquisa“, explica.
Em Brasília (DF) desde o início de outubro deste ano, Marcos Sorrentino, docente do Departamento de Ciências Florestais (LCF), vem atuando no Ministério da Educação (MEC). Sorrentino vem ajudando o Ministro da Educação na construção de uma política ambiental do MEC. “Considero uma honra, para mim e para a ESALQ, poder contribuir para a construção de um Brasil mais educado ambientalmente”. Na ESALQ, Sorrentino coordena o Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA), que procura contribuir para a formação, implantação e avaliação de políticas públicas e propostas pedagógicas de Educação Ambiental.
Já o professor Carlos Alberto Labate, do Departamento de Genética (LGN), atuará, a partir de janeiro, como diretor do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE).
Situada em Campinas, a instituição desenvolve pesquisas na área de etanol de cana-de-açúcar buscando respostas para desafios científicos e tecnológicos do setor, a fim de manter a liderança brasileira na produção de bioetanol. “O CTBE, atualmente, é o mais bem equipado laboratório depesquisa nessa área”, afirma o professor. Segundo Labate, o CTBE é um dos quatro laboratórios do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Entre eles, estão o Laboratório de Luz Síncrotron (LNLS), de Biociências (LNBio) e de Nanotecnologia (LNNano).
Para o diretor da ESALQ, José Vicente Caixeta Filho, “As novas missões desses três colegas não só reconfirma o alto grau de competência técnica de cada um deles como também atesta o reconhecimento institucional da ESALQ em outros ambientes, demonstrando o nosso contínuo interesse em contribuir para iniciativas multidisciplinares em prol do desenvolvimento sustentável de nossa sociedade”.
Caio Albuquerque
Jornalista
caioalbuquerque@usp.br