17/02/2009 – Portal MCT
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, recebeu ontem (16) a visita do ministro de Relações Exteriores do Canadá, Lawrence Cannon. No encontro, o canadense garantiu que o governo do seu país tem interesse em cooperar com o Brasil em projetos científicos e tecnológicos voltados às comunidades industriais das duas nações. “Em especial aqueles que resultam em patentes e gerem resultados para as empresas”, afirmou Cannon.
Sergio Rezende ressaltou a importância dessa cooperação e acrescentou que o Brasil vem evoluindo em vários setores da ciência, tecnologia e inovação, graças ao Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PAC,T&I – 2007/2010), lançado no final de 2007. Outra área de destaque, segundo o ministro, é a de energias renováveis.
A parceria envolvendo os dois países vem se intensificando nos últimos anos. A definição da parceria começou em março de 2008, em Ottawa, a capital canadense. Cerca de 100 pessoas, entre elas 35 técnicos brasileiros, participaram do Seminário Acelerando a colaboração em P&D entre o Canadá e o Brasil em energias renováveis: do desenvolvimento de políticas à implementação de projetos.
Também em novembro último, foi assinado um acordo de cooperação científica e tecnológica e outro específico envolvendo o Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS/MCT) e o Canadian Ligth Source (CLS). Este último estabelece uma estrutura geral de colaboração entre os dois síncrotrons relativa à realização de projetos, ao desenvolvimento comum de conhecimentos especializados e ao intercâmbio de pessoal.
Este mês, uma missão com 14 cientistas brasileiros visitou 20 instituições de pesquisas canadenses nas áreas de hidroeletricidade, hidrogênio, mineração, entre outras. Após foi realizado um workshop na cidade de Quebec, onde foram definidos os primeiros projetos de cooperação em ciência, tecnologia e inovação.
O primeiro resultado desse acordo é o projeto de turbinas de baixa queda que serão utilizados na Amazônia e no norte do Canada, onde as condições geo-ambientais não permitem a construção de grande barragens. O projeto será executado por universidades dos dois países e tem o apoio da Eletrobrás e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Espera-se que nos próximos dois anos, o primeiro protótipo da turbina seja testado em laboratórios brasileiros.
Fabio Lino – Assessoria de Comunicação do MCT
Repercursão: Site Pró-Inovação Tecnológica